sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

30 anos de Xutos!

Cidades. Vidas urbanas e suburbanas. Jovens em busca de uma identidade. Não, não é da identidade perdida. Nunca tiveram identidade. As relações reforçam-se ou quebram-se entre drogas, copos assaltos, medos! Nem a escola nem o trabalho são solução. Não procuram nada, não têm nada, não esperam vir a ter nada.
Têm o grupo, os rituais e a música. A música preenche sempre os buracos das feridas, as lacunas do desespero, as fúrias e as alegrias.
Acordes violentos, por vezes apaixonados. Contentores.
Sons melodiosos de bravuras quase sempre vãs. Remar
Lemes e homens como se fossem um só!
Droga, desemprego, amor, paixão, morte, cancro, ódio, revolta. Doces sons , amargos acordes. Jovens? Talvez num passado longínquo, ou hoje? Sempre!
O som das cidades é sempre confuso, cheio, por vezes melodioso. Por vezes arrepiante. Mas os sons do rock, da música dos jovens, da rua, traduzem sempre a vivencia das suas gentes. Trazem sempre laivos da memória perdida. Aos 30 anos ou aos 10, se for genuíno, o rock é sempre o reflexo da vivencia colectiva. É isso que o torna popular. É isso que faz dele a música dos grupos perdidos entre selvas