quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Jorge Oom – Assim na terra como no céu

Andamos permanentemente entre ciclos que se amontoam numa espiral de experiências que nos permite saborear o conforto do conhecido e o sal dos momentos únicos. Para mim não há melhor síntese que a época do natal.
Porque o natal representa sempre uma plataforma entre as memórias mais antigas que temos, entre os prazeres mais raro que vivemos e a angústia de não sermos capazes de manter a mesma envolvência com os outros ao logo do resto do ano. Dos anos!
Mas há pessoas que pela sua experiência de vida, pelo amor que sempre colocam em tudo o que fazem nos transmitem essa estranha sensação de que podemos inverter a dimensão da fracção de tempo em que a disponibilidade para os outros está presente na nossa consciência.
Ficamos confusos entre o prazer de sentir a possibilidade e a frustração de perceber que não está ao alcance de todos. Mas o deleite que é sentirmo-nos que conseguimos alcançar a superioridade que é viver uma vida respeitando e inspirando os outros. Respeitar é das coisas mais difíceis que há. Inspirar não é fácil. As duas? Só raramente se encontram

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